Parque Nacional do Iguaçu abriga biodiversidade e espécies de esperança fazem parte das descobertas

Local, que preserva remanescente da Mata Atlântica, é a unidade de preservação brasileira commaior número de espécies do inseto ‘esperança’. São 89 espécies em 5 subfamílias.
Parque Nacional do Iguaçu
Espécie Esperança em Foz

O Parque Nacional do Iguaçu, conhecido por abrigar as majestosas Cataratas, em Foz do Iguaçu, no Paraná, é reconhecido como patrimônio natural mundial. Isso porque é um dos poucos locais de conservação da Mata Atlântica. 

Com rica biodiversidade conservada, o Parque Nacional do Iguaçu promove benefícios socioambientais para as gerações. O local guarda, ainda, tesouros naturais, incluindo espécies raras e ameaçadas de extinção em seus 1.850 km². 

Com novas espécies sendo descobertas por pesquisadores, hoje já são conhecidas no Parque Nacional do Iguaçu cerca de 158 espécies de mamíferos. Mais um total de 390 aves, 48 répteis, 12 anfíbios. Além de 175 peixes e pelo menos 800 invertebrados. Estima-se, porém, que esse número seja muito maior, com novos grupos sendo analisados.

O mais novo tesouro encontrado, portanto, são as novas espécies do inseto conhecido como esperança (família Tettigoniidae). 

Dos 89 tipos de esperanças encontrados no local, divididos em 5 subfamílias, pelo menos oito são novos para a ciência. Além disso, o som de 29 espécies deles, até então desconhecidas pelos pesquisadores, foi gravado pela primeira vez. 

A pesquisa foi publicada em artigo recente na revista internacional Zootaxa, conforme diversas matérias publicadas.

O artigo é resultado da pesquisa de mestrado do biólogo Marcos Fianco, mestre em Biodiversidade Neotropical, pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). 

Espécies desconhecidas são encontradas no Parque Nacional do Iguaçu 

Num inventário de todas as espécies de esperanças que habitam o Parque Nacional do Iguaçu, o biólogo registrou o canto de 34 por lá, sendo que de 29 espécies foi gravado pela primeira vez. 

O estudo revelou que o Paraná é o segundo estado com o maior número de espécies de esperanças conhecidas, com 94, no total. Antes desta pesquisa, a ciência apenas reconhecia a existência de 19 espécies no estado. 

Esperanças do Parque Nacional do Iguaçu chamam atenção

Algumas esperanças encontradas no Parque Nacional do Iguaçu chamam mais a atenção do que as antes conhecidas. 

“Temos muitas espécies que mimetizam folhas, mas a de um dos gêneros, o Typophyllum, possui uma camuflagem fantástica. Nesse gênero existem indivíduos marrons, parecendo folhas secas e deterioradas, e indivíduos verdes, se camuflando com folhas verdes”, conta Marcos Fianco. 

O biólogo analisa essa camuflagem como uma estratégia de proteção. “O predador não vê a esperança e assim não a come, por não conseguir diferenciá-la do meio em que ela está, que são folhas secas ou verdes”, explicou.

Embora a maioria dos insetos esperanças se pareçam com folhas, alguns imitam outros insetos. A Scaphura nigra, por sua vez, mimetiza espécies de vespas. 

Animal é inofensivo, mas camufla ser perigoso

Parque Nacional do Iguaçu
Camuflagem: animal inofensivo se faz de perigoso

A esperança é um animal inofensivo e imita as características de um animal perigoso, que possui ferrão como forma de proteção. Animais predadores tendem a não se alimentar por reconhecer, pela sua morfologia, coloração e comportamento, que essa esperança seria um inseto perigoso”, explicou.

A camuflagem desses insetos, que é uma característica essencial para sua sobrevivência, faz com que a pesquisa de campo com esperanças seja, portanto, bastante trabalhosa. 

Para possibilitar um inventário faunístico, Marcos Fianco passou quase 40 dias no parque, entre 2017 e 2019, coletando esperanças. Depois, eles foram levados para os laboratórios da UNILA, onde o pesquisador fotografou, analisou a morfologia e gravou o canto das esperanças.

“As características acústicas são importantíssimas na comunicação destes insetos. Nós, pesquisadores, podemos utilizar esses registros na área da Taxonomia para identificação e reconhecimento de espécies. Também usamos esses registros na área de Ecologia, podendo até serem utilizados em escalas maiores, como em estudo das mudanças climáticas, a exemplo do aquecimento global, sobre a dinâmica dos parâmetros acústicos e distribuição de espécies”, destacou.

os Fianco.

Marcos Fianco continua as pesquisas sobre esperanças. No doutorado na UFPR, ele busca entender as relações entre os grupos de esperanças da América Latina e de outras partes do mundo.

Assim como essas espécies, muitas outras só podem continuar existindo e sendo pesquisadas por meio da preservação. Por isso a importância do Parque Nacional do Iguaçu existir e ser reconhecido como patrimônio natural mundial.

Parque Nacional do Iguaçu: patrimônio natural mundial

Parque Nacional do Iguaçu
Cataratas do Iguaçu

O Parque Nacional do Iguaçu, que é palco das impressionantes Cataratas do Iguaçu, é mais do que isso. Ele é reconhecido como patrimônio natural mundial.

Isso porque preserva importante remanescente da Mata Atlântica e conserva sua biodiversidade, promovendo benefícios socioambientais para as gerações atuais e as seguintes.

Com seus mais de 185 mil hectares, o Parque Nacional do Iguaçu é um dos maiores remanescentes da Mata Atlântica do interior. 

O parque está, além do mais, inserido em um contexto geográfico singular, por se conectar com outros fragmentos florestais semelhantes na Argentina. Um dos principais destaques é o Parque Nacional Iguazú. 

A maior população de onças-pintadas da Mata Atlântica está nos Parques Nacionais do Iguaçu e Iguazú. 

Lá também fica o Rio Iguaçu que, após cortar o Estado do Paraná, recebe as águas da Bacia do Rio Floriano e outros rios do parque. A floresta contribui com a formação de chuvas que realimentam o sistema hídrico da região, permitindo a existência de espécies raras, que exigem água de qualidade. Ela fica ainda melhor após o rio se derramar nos paredões das Cataratas do Iguaçu.

A vivência de contato com a natureza de forma intensa, com barulho estrondoso de suas quedas, visão do pôr-do-sol e sensação de molhado atrai visitantes do mundo inteiro, sendo, também, um dos atrativos turísticos mais visitados do Brasil.

Há muito o que explorar nos 3% de área visitável do Parque Nacional 

Essa expressiva variabilidade biológica e a paisagem única das Cataratas do Iguaçu fizeram do Parque Nacional do Iguaçu a primeira Unidade de Conservação do Brasil a ser instituída como Patrimônio Mundial Natural pela UNESCO, no ano de 1986. 

Se somarmos os lados brasileiro e argentino do parque, separados pelo Rio Iguaçu, são mais de 1 milhão de hectares de áreas naturais, sendo 600 mil hectares de áreas protegidas e mais 400 mil hectares em florestas primitivas. 

Destes mais de 1 milhão de hectares, apenas 3% do Parque Nacional do Iguaçu está dentro de uma “área visitável”. Ainda assim, há muito o que explorar num dos melhores atrativos de Foz.

O Parque Nacional do Iguaçu registra, ainda, a passagem das diferentes culturas e ocupações do Alto Paraná, havendo a presença dos sítios arqueológicos das etnias Itararé e Guarani. Além de estruturas históricas, como o Hotel das Cataratas, a Usina São João e a Estrada das Cataratas.

E você? Já conhece o Parque Nacional do Iguaçu? Precisa conhecer imediatamente!

Pelas Cataratas e por toda a beleza que ele oferece em suas trilhas e natureza exuberante. Poder realizar o ecoturismo, respirar e olhar para cima, se sentindo ao meio da Mata Atlântica!

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Veja algumas dicas de trilhas pelo Parque Nacional do Iguaçu

O lado brasileiro do parque oferece uma trilha principal de cerca de 1,5 km com nível mínimo de dificuldade. Existe a conhecida Trilha das Cataratas e a Trilha do Poço Preto, com 22 metros de profundidade e 400 metros de diâmetro. 

Já a Trilha das Bananeiras oferece uma opção mais tranquila para quem curte observar a natureza, num percurso de 1,6 km

Pelo lado argentino, são três as trilhas principais e a soma delas oferece mais de 9 km de percursos entre a mata do Parque Nacional, cada uma delas, proporcionando um ponto de vista diferenciado das famosas quedas das Cataratas. A Trilha da Garganta do Diabo possui aproximadamente 2,2 km e proporciona o que seria a melhor visão do alto.

Para iniciar e finalizar essa trilha, você tem a opção de utilizar um trem movido à gás que leva da Estação Central até o início da trilha e de volta à Estação Central.

A Trilha Superior possui 1,7 km e é repleta de passarelas e pontes que ficam acima da linha da mata e das cachoeiras. Já a Trilha Inferior permite ao visitante ver as Cataratas por novos ângulos, bem próximos de algumas quedas.

Lembre-se que do lado argentino, todas as trilhas são de ida e volta.

Para fazer as três trilhas, portanto, você deve se programar para passar o dia todo!

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